É HOJE!
Faz hoje 20 anos que começou o primeiro Curso Livre de História e Estética do Cinema no Clube dos Amigos da Sétima Arte.
João Marchante
Fitas infinitas
Faz hoje 20 anos que começou o primeiro Curso Livre de História e Estética do Cinema no Clube dos Amigos da Sétima Arte.
João Marchante
Em 2024 o Clube dos Amigos da Sétima Arte faz a bela idade de vinte anos.
João Marchante
Em breve serão aqui publicadas muitas coisas sobre as nossas queridas matérias fílmicas.
João Marchante
Enquanto no cinema narrativo (tendencialmente materialista) temos a apresentação, o conflito e a resolução, no cinema trancendental (tendencialmente espiritual) temos o quotidiano, a discrepância e o êxtase, quais teses, antíteses e sínteses.
A melhor década do Cinema é a de 1920. Faz 100 anos. Vejam-se os filmes dessa época. Especialmente os das seguintes cinematografias, todas elas europeias: França, Alemanha, Suécia, Dinamarca e Rússia.
João Marchante
Ninguém consegue compreender verdadeiramente um filme sem ter tido vivências semelhantes às narradas pelo mesmo.
João Marchante
Para estar a par do que verdadeiramente interessa na actualidade cinematográfica internacional, passei a usar o Twitter. Adoptei esta plataforma para seleccionar as notícias sobre cinema - quais recortes de imprensa, ao estilo old school -, e destacá-las republicando-as. Faço isso aqui: https://twitter.com/JoaoMarchante. Se for cinéfilo, não hesite em seguir-me... Arrisco dizer que vai gostar do que irá ver, ouvir e ler nas minhas partilhas.
João Marchante
A minha arte é feita em fotografia e é sobre outra arte: o cinema; e, assim sendo, é também sobre pintura, escultura, arquitectura, música, dança e poesia.
João Marchante
Costumo sugerir, aos meus alunos e aos meus amigos cinéfilos, sessões duplas. Nestas, podem ver duas fitas seguidas. Entenda-se ver no sentido tradicional europeu que vem de Aristóteles e que é sinónimo de compreender. Por isso se diz «olhar com olhos de ver» e se pergunta «estás a ver?». Escolham-se então dois filmes: A e B. Este e pode ser copulativo ou disjuntivo, sendo que da segundo forma a coisa se torna mais interessante. No primeiro caso, as películas são complementares entre si; no segundo, serão, à partida, bastante distantes, obrigando-nos assim a lançarmos uma ponte entre ambas para depois se construir uma síntese mental. Portanto, remato com um delicioso paradoxo: cá para mim, a melhor análise de filmes resulta de um exercício de síntese.
João Marchante
Perguntam-me muitas vezes qual é o meu realizador preferido. Respondo sempre a mesma coisa: tem dias. Quer isto dizer que há factores subjectivos que variam de dia para dia e que influenciam a minha decisão. Por exemplo, hoje o meu realizador preferido é Martin Scorsese.
João Marchante
Entre 1895 e 1995 - nos primeiros cem anos da História do Cinema - foram feitos cerca de 200.000 filmes. Destes, 100.000 são mudos e 100.000 são sonoros. Dos mudos, metade deles estão (ainda) desaparecidos. Temos assim um total de 150.000 fitas. Adiante-se que 30.000 são lixo ou pouco mais. Para os 120.000 que restam, poderia ser feito um dicionário com uma entrada para cada um, o que daria uma obra com quarenta volumes, de mil páginas cada, ou coisa que o valha. Contudo, parece-me de melhor senso aplicar aqui a grelha dos 10%. Desta maneira, ficamos com 12.000 películas, as quais merecem todas ser visionadas e analisadas. A tentativa mais aproximada disso que conheço é o Dictionnaire des Films, da Larousse, de 1995, que tem 11.000. Certo é que obrigatórios de se ver - independentemente do simbolismo do número - serão 1.000, tarefa que cada um fará ao seu ritmo, o qual pode variar de 1 por semana até 2 por dia: no primeiro caso, atingirá o valor em, mais ou menos, vinte anos; no segundo, o objectivo cumprir-se-á em menos de dois anos.
João Marchante
Em primeiro lugar o cinema deverá mostrar o que as pessoas estão a fazer, pensar e sentir. Só depois o que estão a dizer. Caso contrário nada acrescentaria à literatura.
João Marchante
A esteticamente radical afirmação é de Marguerite Duras. Querida antiga aluna minha de Cinema fez-me chegar de Barcelona uma série de imagens de uma exposição consagrada à extraordinária autora francesa, com fotografias, filmes, vídeos e textos variados. Saltaram-me à vista vários pensamentos desta sobre o valor do branco, essa erradamente por muitos chamada cor, que na verdade resulta da reflexão de todas as cores. Duras confessa que foi um amigo japonês (quem conhece a sua obra imagina de quem estamos a falar) que lhe mostrou a brancura como ela nunca tinha visto. Foi num jardim, à luz da Lua Cheia. Marguerite viu, assim, pela primeira vez, a alvura, em todo o seu esplendor, nas margaridas e nas rosas brancas desse jardim.
Noutro texto redigido por si, a escritora franca avança para o Cinema (também realizou filmes e vídeos, quase sempre a partir da sua obra literária) e cunha duas frases que adquirem todas elas o valor profundo de um aforismo. Reza assim, numa tradução minha ao correr das teclas: «Não há branco nos filmes a cores. A verdadeira brancura - aquela da neve, aquela da espuma do mar, aquela das flores brancas nas noites de Lua Cheia - só é dada nos filmes a preto e branco.
O que quero partilhar com os meus queridos leitores, além destas sábias reflexões da Duras, é o belo acaso do momento da chegada a mim destes textos ter coincidido com a minha primeira exposição de fotografia a preto e branco (depois de 12 a cores, ao longo de 25 anos), onde - finalmente - o branco e a luz são, de facto, o leitmotiv. Que o diga a personagem tenista, interpretada pela R., desta minha nova série agora exposta. Mas talvez a L., que me presenteou com todos estes mágicos documentos, tivesse pressentido isso, lá no outro extremo da Península, e tudo isto seja complementar. A ver vamos...
João Marchante
A Aventura revela-nos um caso, A Noite um acaso e O Eclipse um ocaso.
João Marchante
Convido os meus queridos leitores a passarem no blogue As Aventuras de Johnny Fire. E, faço-o neste momento, porque só agora reparei, numa rápida releitura integral, que o mesmo está muito mais cheio de referências cinéfilas do que eu me lembrava.
João Marchante